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sexta-feira, 8 de abril de 2011

O PRIMEIRO ASSASSINO


Um xiita ismaelita do século XI de nome Haasan Ibn Sabbah (mais conhecido como "o Velho da Montanha"), comandava na Síria um pequeno exército que utilizava para executar cruéis vinganças políticas e submeter terror a região.

Para estimular ainda mais a crueldade de seus homens, obrigava-os a consumir haxixe antes de sair a campo, com o qual os seus guerreiros se tornavam ainda mais cruéis e desapiedados.

Por essa razão, os sequazes do "Velho da Montanha" eram chamados hashashin, que em árabe significa "consumidor de haxixe", mas a palavra em pouco tempo seria usada para designar também aos matadores.

O velho líder teve sucessores que continuaram com os mesmos sangrentos métodos de dominação, até que o último deles foi capturado e executado sumariamente por Gengis Khan.

A palavra "assassino" aparece usada pela primeira vez em português por volta do Século XII. Em séculos anteriores, registram-se as variantes: "anxixín", "acecino", "assasino" e "assesino". Este vocábulo, que foi trazido do Oriente pelos Cruzados, chegou também ao francês e inglês como "assassin", ao espanhol como "asesino", ao italiano como "assassino".

Segundo Amin Maalouf, no seu livro Samarcanda:

"A verdade é outra. De acordo com os textos que nos chegam de Alamut, Haasan Sabbat gostava de chamar os seus adeptos de assassiyun, os que são fiéis ao Assass, ao «fundamento» da fé, e esta palavra, mal compreendida pelos viandantes estrangeiros, é que pareceu ter um ressaibo de haxixe" (…) Marco Polo popularizou essa ideia no ocidente. Deu-se crédito à tese de que eles actuavam sob o efeito do haxixe e os seus inimigos no mundo muçulmano chamavam-lhes por vezes haschichiyun , «fumadores de haxixe», para os desconsiderar. Alguns orientalistas julgaram ver neste termo a origem da palavra «assassino», que se tornou, em várias línguas europeias, sinónimo de homicida."

Caim é descrito na bíblia como o primeiro assassino após a criação do homem e recebeu um sinal de Deus como marca de seu induto.

Algumas pessoas têm sugerido, especulativamente, que o sinal que Deus colocou em Caim foi a cor negra, que acabou dando origem ao povo africano. Essa teoria, porém, é completamente destituída de fundamentação bíblica e de comprovação histórica. Para entendermos melhor o assunto, devemos reconhecer, em primeiro lugar, que esse sinal não foi um sinal de maldição, mas de proteção. Foi somente depois de amaldiçoado pelo assassinato de seu irmão Abel (Gn 4:8-12) que Caim recebeu de Deus sinal, “para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse” (Gn 4:15). Devemos lembrar também que a raça humana pós-diluviana derivou dos três filhos de Noé (Gn 7:13; 10:1-32), que eram descendentes de Sete (ver Gn 5) e não de Caim, o que elimina praticamente a possibilidade da perpetuação de qualquer característica genética de Caim. (Isso, claro, segundo o que nos conta a Bíblia...)
Quer esse “sinal” (hebraico ‘oth) tenha sido realmente uma marca visível colocada sobre a pessoa de Caim, como querem alguns, ou apenas um sinal a ele mostrado como garantia de proteção, como sugerem outros, o certo é que não dispomos de informações suficientes para identificá-lo mais precisamente. Isso significa que toda e qualquer tentativa de uma identificação exata desse sinal não passa de mera conjectura artificialmente imposta ao texto bíblico.

Fonte: Sinais dos Tempos, agosto de 1998, p. 29

O que devemos assassinar hoje para perpetuar a marca da independência e do poder com o qual fomos agraciados?

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